quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Big Brother Digital: nova lei de dados pode criar "vigilância por arrastão"

setembro 19, 2019 0
O presidente Jair Bolsonaro sancionou em julho a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), órgão controlador da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que valerá em 2020. Mas a nova lei deverá levar em conta o potencial abuso da "vigilância por arrastão", no qual muitas pessoas podem ter seus dados varridos para encontrar suspeitos de infrações e crimes. No ano passado, quando a lei de proteção de dados pessoais da União Europeia, a GDPR, estava prestes a entrar em vigor, serviços de internet bombardearam emails aos seus usuários com revisões de políticas de privacidade de seus serviços. Foi a confirmação de uma mudança estrutural na forma como empresas lidam com nossos dados. Sistema de reconhecimento facial, que poderá ser usado pela polícia com mais frequência - Saul Loeb/AFP

"CPF para obter desconto, senhor?" Essa legislação, tanto na Europa quanto no Brasil, chegou com atraso, pois nossas informações pessoais já estão à solta no mercado há anos. Do acesso a descontos com o CPF na farmácia até a chance de se conseguir um empréstimo, passando pela inescapável propaganda direcionada na internet, grande parte do cotidiano é ditado por análise de dados em um processo pouco claro para quem olha de fora. Bruno Bione, advogado especializado no tema e cofundador da Data Privacy Brasil, entidade voltada à proteção de dados pessoais, acredita que a mudança requer um novo pacto social e vai muito além de querermos mais privacidade.
"As informações pessoais são usadas para criar um avatar nosso e nós somos julgados pelo que nossos dados dizem", disse ele em um evento organizado pelo Data Privacy em julho. "É uma questão que extrapola a narrativa da privacidade. Vai além da lógica de decidir que uma informação é pública ou privada."
Vigilância eletrônica

 Neste mesmo evento, pontos que entraram ou não na Lei de Dados foram discutidos. Um ponto chave foi o uso de dados pessoais pelo governo dentro do contexto de investigações criminais --este ficou de fora da LGPD e será regido por uma lei específica, ainda inexistente.
Para Jacqueline Abreu, advogada e pesquisadora da área de direito e tecnologia, há um vazio de regulamentação que permitirá que órgãos policiais trabalhem com uma "vigilância por arrastão".

 É uma mudança de paradigma: antes era preciso ter um suspeito para pedir autorização judicial e acessar informações dele na internet, como dados de acesso a redes sociais e geolocalização do telefone.
"Agora, é feito um arrastão para pegar informações de diversas pessoas e a partir daí definir quem é ou não suspeito", disse Jacqueline. "Como nós vamos regular isso?"
Um exemplo claro desse cenário foi a instalação de câmeras acopladas a um sistema de identificação facial no Rio de Janeiro. O projeto, que foi testado durante o Carnaval, ajudou a polícia carioca a prender quatro pessoas que tinham um mandado de prisão contra si. Considerado um sucesso pelo governador Wilson Witzel, o programa vai ser ampliado.

A ANPD vai impedir isso?.
A forma de atuação da Autoridade é que vai definir a dinâmica de coleta e uso de dados pessoais. Ao contrário do previsto no projeto original, que previa o órgão como uma autarquia, a ANPD ficou subordinada à Presidência da República. A preocupação é de que a falta de autonomia torne o órgão ineficaz na prática.
O senador Eduardo Gomes (MTB-GO), relator da Comissão Mista que discute a Autoridade, já disse que pretende mudar isso. "Há consenso em manter a Autoridade mais independente possível", afirmou Gomes à Rádio Senado no começo de abril. Nas últimas semanas, audiências públicas aconteceram em Brasília para debater esta e outras questões.
Em uma delas, Bia Barbosa, coordenadora do Intervozes, destacou o quão problemática é a hierarquia baixa prevista para os diretores da Autoridade, assim como a facilidade com que podem ser retirados do cargo, no texto de Temer.
"Imagina um diretor tendo que multar um ministro da Saúde por um vazamento de dados do SUS, por exemplo. A autonomia que esses diretores terão para responder aos desafios dessa lei é muito baixa", disse ela.
O cenário citado por Bia era hipotético em abril, mas logo depois se tornou real. Naquele mesmo mês, o UOL mostrou como um hacker usou uma brecha de segurança do site do SUS para criar e disponibilizar na internet um banco de dados com nome completo, nome da mãe, endereço, CPF e data de nascimento de 2,4 milhões de brasileiros.
Tem que dar o consentimento.
Independentemente de como atuará a Autoridade Nacional de Proteção dos Dados, um dos pontos de partida para atender a lei é informar melhor às pessoas sobre o que é feito com suas informações —motivo por trás das atualizações nas políticas de privacidade ali do começo do texto.
A ideia é substituir os calhamaços legais ilegíveis por textos mais claros, que detalhem quais dados são coletados, para quais usos, por quanto tempo são armazenados, com quem e por que são armazenados, e por aí vai.
Além disso, há uma questão de granularidade. No lugar de uma concordância total com a política, o usuário vai poder escolher o que ele aceita ou não que seja coletado: o que é essencial para o funcionamento do serviço, o que traz benefícios extras, descontos, etc.
O consentimento por si só, no entanto, não é suficiente e nem permite uma liberdade total para a empresa depois que o usuário concorda com a política.
Para exemplificar o porquê disso, vale lembrar o caso da Cambridge Analytica, que coletou os dados de 87 milhões de pessoas no Facebook e utilizou essas informações para influenciar na eleição de Donald Trump nos Estados Unidos e no plebiscito em que foi decidida a saída da Inglaterra da União Europeia.
Mesmo que essas milhões de pessoas tivessem dado consentimento para a Cambridge Analytica, o impacto foi bem mais amplo. A pegada individual não dá certo. Os dados são um bem comum, e precisam ser tutelados e regulados de alguma forma .
Bruno Bione, cofundador da Data Privacy.br.
Isso também se traduz na previsão da LGPD a respeito da transparência no uso de algoritmos de inteligência artificial. De acordo com a lei, qualquer pessoa poderá ter acesso a explicações claras sobre os critérios pelos quais um sistema automatizado tomou uma decisão sobre ela. Como análise de crédito, por exemplo.
No entanto, o texto afirma que isso só poderá ser feito caso a decisão seja totalmente automatizada. Na prática, não é o que ocorre.
"Não são 100% automáticas. No crédito, os dados são usados para estabelecer um perfil e partir daí uma pessoa toma a decisão, então como fica?", disse Enrico Roberto, advogado e pesquisador na área de direito e inteligência artificial, no mesmo encontro.
Além disso, Roberto lembrou que há uma dificuldade técnica na proposta. Isso porque em geral os algoritmos funcionam como caixas pretas e mesmo os desenvolvedores têm dificuldade em explicar como tomam uma decisão A e não a decisão B. Nesse sentido, seria preciso uma mudança de práticas no setor tecnológico para atender a LGPD, o que não seria um mau negócio.
A LGPD começa a valer em agosto de 2020. Até lá, espere por muitos emails com novas políticas de privacidade.

FONTE :  UOL

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

São Paulo anuncia pagamento de tarifa de ônibus com celular ou cartão NFC

setembro 12, 2019 0
A cidade de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (12) que está iniciando um projeto-piloto para pagamento contactless de tarifas de ônibusé possível usar cartões de crédito, débito e pré-pago, celulares, smartwatches ou pulseiras com NFC. A iniciativa envolve as bandeiras Mastercard, Elo e Visa; nesta primeira fase, a tecnologia estará presente em cerca de 200 veículos municipais operando em 12 linhas. No entanto, ela não oferece a integração tarifária do Bilhete Único.NFC em ônibus em São Paulo


O sistema é compatível com as carteiras digitais Apple Pay, Google Pay e Samsung Pay. São aceitos cartões emitidos no Brasil ou no exterior; dessa forma, os 2 milhões de turistas estrangeiros que visitam São Paulo a cada ano poderão utilizar seus cartões para pagar a tarifa de ônibus.
Para pagar a passagem de ônibus com um cartão contactless, basta encostá-lo no validador e passar a catraca. Será cobrada a tarifa atual de R$ 4,30. Não haverá integração tarifária: se o passageiro pegar outro ônibus, terá que pagar mais R$ 4,30; o mesmo vale para metrô e trem. O Bilhete Único seguirá existindo.
Quanto à segurança, os cartões contactless permitem realizar pagamentos de até R$ 50 sem digitar senha, no máximo 5 vezes ao dia; por isso, o validador do ônibus nem possui um teclado para a senha. No caso do celular, você terá que desbloquear o aparelho via digital ou Face ID para liberar o Apple Pay, Samsung Pay ou Google Pay.
O projeto-piloto vai durar por três meses ou até atingir o limite de 500 mil transações. “Talvez, no futuro, isso se torne a principal forma de uso aqui em São Paulo”, disse o prefeito Bruno Covas em evento.
Estas são as 12 linhas que participam da primeira fase do projeto, cobrindo cerca de 200 ônibus:
  • 2590/10 — Pq. D. Pedro II/União de Vl. Nova
  • 4031/10 — Metrô Tamanduateí/Pq. Sta. Madalena
  • 6030/10 — Term. Sto. Amaro/UNISA – Campus 1
  • 917M/10 — Metrô Ana Rosa/Morro Grande
  • 2002/10 — Term. Bandeira/Ter. Pq. D. Pedro II
  • 715M/10 — Lgo. da Pólvora/Jd. Maria Luiza
  • 908T/10 — Butantã/Pq. D. Pedro II
  • 9300/10 — Ter. Pq. D. Pedro II/Ter. Casa Verde
  • 9500/10 — Pça. Do Correio/Term. Cachoeirinha
  • 5129/10 — Term. Guarapiranga/Jd. Miriam
  • 807M/10 — Shop. Morumbi/Term. Campo Limpo
  • 675R/10 — Metrô Jabaquara/Grajaú
Ônibus em São Paulo

Jundiaí e Rio de Janeiro adotam pagamento contactless

Um dos maiores exemplos de sucesso dessa tecnologia é Londres: 55% das viagens realizadas no metrô da capital britânica são pagas via NFC. Isso corresponde a mais de 21,6 milhões de usos a cada semana. Nova York, Sydney e Miami também adotaram o pagamento por aproximação no transporte público.
A cidade de Jundiaí (SP) foi a primeira da América Latina a implementar o sistema de pagamento contactless em 100% da frota de ônibus. Assim como em São Paulo, não é possível usar a integração do bilhete único local; ao entrar em outro ônibus, é necessário pagar outra tarifa.

No Rio de Janeiro, é possível usar cartões e celulares com NFC para comprar passagens de metrô. Essa forma de pagamento não permite aproveitar a integração tarifária com outros modais, oferecida pelo Bilhete Único Carioca ou Bilhete Único Intermunicipal.
No entanto, desde o início de 2018, a integração entre metrô e ônibus na capital fluminense foi restrita a poucas linhas de integração expressa e a algumas estações do BRT. Na linhas municipais restantes, todo mundo paga a tarifa cheia, mesmo com o bilhete único .
 

fonte : tecnoblog.net

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Homem culpa cachorro por assinar pay-per-view com conteúdo adulto

setembro 04, 2019 0

homas Barnes afirma que seu cão 'pulou sobre o controle' e fez a assinatura do canal Hustler, que custa US$ 70 mensais

Depois de receber uma cobrança de US$ 70 por um canal de pornografia, um homem nos EUA apontou seu cachorro como culpado, alegando que de alguma maneira o animal conseguiu pular sobre o controle remoto e fazer a compra.
Cachorro

Barnes disse ao News & Observer que a empresa de TV foi comunicada e que afirmaram que o erro seria resolvido. No entanto, a cobrança dos US$ 70 pelas ações de seu cachorro veio, e o canal permaneceu ativo.
Barnes, telefonou novamente e recebeu as mesmas promessas, mas continuou enfrentando o mesmo problema. Em vez de se irritar com o pequeno Marino, ele apresentou uma queixa à Comissão Federal de Comunicações dos EUA (o equivalente à nossa Anatel), explicando o que havia acontecido.
Ele então recebeu uma ligação dizendo que a DirectTV concordaria em adicionar o crédito a sua próxima fatura. No entanto, Barnes ainda não está feliz com o incidente. A DirectTV ainda não comentou sobre o caso.

Via: Ladbible

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Pesquisa mostra o que o brasileiro mais 'contrata' na internet

agosto 29, 2019 0

Táxis e motoristas via aplicativo disparam na liderança, acompanhados por serviços de filmes ou séries

UberSpotify99NetflixAmazon PrimeiFoodRappi... só para citar alguns. Entre tantos e tão variados serviços online, aqueles que são mais consumidos pelos brasileiros são táxis e motoristas de aplicativo. De acordo com a pesquisa TIC Domicílios, divulgada nesta quarta-feira (28), quase um terço (32%) da população que é usuária de internet – 40,8 milhões de pessoas – já utilizou este serviço no país.
Uber
O estudo foi organizado pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação, o CETIC.br. O material também aponta que 28% dos usuários pagaram por serviços de filmes ou séries online, 12% fizeram pedidos de refeições em sites ou aplicativos e 8% assinaram serviços de música. Veja a lista completa abaixo:
  • Táxis ou motoristas de aplicativo: 32%
  • Serviços de filmes ou séries: 28%
  • Pedidos de refeições: 12%
  • Serviços de músicas: 8%
  • Reserva de quartos ou acomodações: 5%
  • Cursos pagos: 5%
  • Algum outro serviço pago: 5%
  • Serviços financeiros, como seguros: 5%
  • Empréstimos ou financiamentos: 3%
  • Reserva de carro para aluguel: 1%
    A TIC Domicílios consultou mais de 23 mil domicílios em todo o país, entre outubro de 2018 e março de 2019. Ainda no que se refere ao comércio eletrônico, a pesquisa revela que 60% dos brasileiros conectados pesquisaram os preços de produtos e serviços, 34% fizeram compras ou encomendas on-line e 19% divulgaram ou venderam produtos e serviços.
    Fonte: CETIC.br

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Drones equipados com inteligência artificial detectam crocodilos próximos a banhistas

agosto 21, 2019 0

Tecnologia também pode identificar outros 16 tipos de vida marinha, e apresenta 93% de sucesso; o caso foi registrado na Austrália

A Austrália está usando drones com inteligência artificial para detectar crocodilos próximos a banhistas. Desenvolvido pela Little Ripper Group e pela University of Technology Sydney, eles podem identificar até 16 diferentes tipos de vida marinha, incluindo tubarões. O sistema já é aplicado no estado de Queensland, e possui 93% de precisão.
Crocodilo

Os drones possuem sirenes, sistemas de alto-falantes e materiais de flutuação, os quais podem ser lançados a nadadores em perigo. Segundo o Dr. Serge Wich, da Liverpool John Moores University, a ideia é fantástica. "E se isso ajuda a aumentar a segurança pública, é realmente útil", avaliou o professor.
Para chegar à solução de drones equipados com inteligência artificial para detectar crocodilos - animais furtivos que gostam de águas escuras e lamacentas - "passamos por um desafio lançado pelo governo de Queensland, que era o de detectar esses animais", contou o cofundador da Little Ripper Group, Paul Scully-Power ao site ZDNet.
Fonte: BBC

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Smartphone ostentação: modelo da Lamborghini custa quase R$ 8.000.

agosto 16, 2019 0
Quer ter a sensação de ter um verdadeiro Lamborghini? Então prepare o bolso e conheça detalhes do smartphone de luxo Alpha-One, modelo lançado pela marca . 

Pela bagatela de US$ 2.450 (cerca de R$ 7.700), você poderá adquirir o celular Android desbloqueado (ou seja, deve funcionar em terras brasileiras) e ostentar a sua riqueza por aí.Em termos de configuração ele é bom, mas não traz nada de muito surpreendente. É um aparelho com uma câmera principal de 20 MP e 8 MP no sensor de selfie.O modelo vem com 64 GB de espaço de armazenamento de 4 GB de memória RAM. Configuração igual ao do top de linha Samsung Galaxy S8, que pode ser comprado por a partir de R$ 3.255* localmente.O tamanho da tela segue os padrões dos últimos lançamentos, com 5,5 polegadas. O smartphone ainda conta com bateria de 3.250 mAh e sensor de impressão digital. Um dos diferenciais do aparelho é o acabamento em couro italiano do dispositivo.


Em todo caso, se estiver passeando pelo Reino Unido ou Emirados Árabes, você pode comprá-lo nas lojas físicas credenciadas, de acordo com o site “The Verge”. Ele também é vendido online, mas não sabemos se entregam no Brasil. Uma pena?.
A venda de smartphones de luxo não é algo novo, mas esse tipo de comércio parece se tornar cada vez mais inviável. Recentemente, a Vertu, uma das principais fabricantes de celular de alto (eu disse ALTO) padrão fechou suas portas.
Ainda segundo o site “The Verge”, alguns aparelhos da Vertu chegaram a custar US$ 30 mil. Eles eram feitos com joias, pedras preciosas e couro de avestruz, bezerro entre outros.

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Fim de impostos a games causará desemprego, diz Zona Franca de Manaus

agosto 15, 2019 0
Enquanto o público gamer torce pela isenção de impostos para jogos e consolesproduzidos no Brasil, que na última semana passou pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, nem todos os setores da indústria estão empolgados com a proposta.
De acordo com o site Telesíntese, a Zona Franca de Manaus teme que esses benefícios, se forem expandidos para todo o País, prejudiquem a região. No cenário mais pessimista, a lei pode eliminar 500 empregos diretos e indiretos e cortar a produção de 70 mil unidades de produtos do setor. Quem afirma isso é o consultor da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) e do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Saleh Hamdeh.
Hamdeh conta que muitas empresas se instalaram na região por causa dos benefícios tributários para eletrônicos e passaram a fabricar consoles por aqui pela primeira vez — como a Sony e a Flextronics, responsável por fabricar o Xbox para a Microsoft). Outra preocupação inclui o fim da classificação de consoles e jogos na categoria de bens supérfluos. "Não nos parece fazer sentido o uso de instrumento constitucional para regular esse mercado", complementa o consultor.
Imagem de: Fim de impostos a games causará desemprego, diz Zona Franca de Manaus

Para onde vai a Zona Franca?

O local passa por dificuldades no setor de indústria, e o governo até estuda uma alternativa, chamada extraoficialmente de Plano Dubai. O TecMundo já contou a trajetória e a situação atual da Zona Franca de Manaus no quadro História da Tecnologia: clique aqui e confira.


FONTE : TECMUNDO

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Cansados de esperar, estes brasileiros criaram suas redes de internet

agosto 14, 2019 0
A filha de Michel Siqueira Manhães sai de casa ainda de pijama, puxa a camisa do pai e pede o celular. Quer acessar a internet. Ele cede. Ainda que banal, há algo de incomum na cena. A menina só se conectará porque Michel e outros moradores do bairro decidiram colocar a mão na massa: instalaram a própria rede de internet, já que provedores comerciais não quiseram plugar a comunidade de Marrecas, a 30 km do centro de Campos dos Goytacazes (RJ), mas que, offline, parecia bem mais longe do resto do mundo. Seja por habitar áreas pouco atrativas a empresas de internet, seja por não ter condições de custear o serviço, Michel engrossava a estatística dos brasileiros excluídos digitalmente - grupo que reunia 30,2% da população do país em 2017, segundo o último relatório divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Deixar de ser um número nesse vazio digital não é fácil, mas algumas pessoas estão fazendo isso às próprias custas. É gente simples, do interior do Rio de Janeiro aos quilombos de Penalva (MA), lugares visitados por Tilt.Após superar a burocracia regulatória, a dificuldade técnica e uma certa má vontade dos poderosos, eles estão descobrindo que melhorar de vida ou garantir a cidadania está a um clique de distância -- assim como Netflix, WhatsApp, YouTube etc. Esta reportagem é sobre essas pessoas.
Helton Simões Gomes/UOL
Com a internet, ninguém precisa morrer para denunciar crimes Entre os mais de 400 km que separam São Luís da cidade de Penalva, no Maranhão, o sinal de celular oscila entre o 4G e o nenhum. O município, a mais de 6 horas de viagem da capital, é cravejado de comunidades quilombolas - são 180. Não raro, o interesse de fazendeiros entra em choque com esse modo de vida. O ano de 2018 registrou um aumento de 35,6% no número de pessoas envolvidas em conflitos no campo no Brasil, segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT). O Maranhão ocupa o terceiro lugar em ações de pistolagem contra famílias, e é segundo em conflitos por terra, que atingiram 16.154 famílias em 69 cidades." Muita gente já morreu nessa questão de conflito entre fazendeiro e a comunidade. O tio do presidente da associação foi morto do nada. O fazendeiro queria adentrar na terra dele. Ele não deixou. "
 Geovânia de Souza Aires, uma das líderes comunitárias do Bairro Novo.
Antes da internet, denunciar crimes não era coisa simples. "Uma vez que um cara veio fazer a denúncia, e os fazendeiros foram atrás dele lá na prefeitura", diz Maria Nice, mãe de Geovânia e presidente da associação das comunidades quilombolas de Penalva. Isso mudou, diz dona Nice. Quando um crime ocorre, a notícia corre pela internet até que seja transmitida às autoridades, sem que alguém tenha de se deslocar das longínquas comunidades para o centro da cidade e corra o risco de ser visto.A internet comunitária chegou ao local em 2016, quase que por acaso. Na época, Geovânia, formada em pedagogia, era bolsista de mestrado em que moradores mapeavam o que órgãos oficiais não captam, como conflitos ambientais e por terra, além de aspectos da cultura tradicional.
Os responsáveis pelo mestrado viram na internet uma saída para os moradores registrarem as ameaças que sofriam sem que corressem ainda mais riscos. Acionaram o Instituto Nupef (Núcleo de Pesquisas, Estudos e Formação), entidade que estuda como a tecnologia pode promover direitos humanos e justiça social. Outras organizações também fazem esse papel no país, como o Instituto Bem Estar Brasil (IBEBrasil), que atuou em Campos dos Goytacazes, e o Artigo 19. Elas ajudam, mas são os moradores que constroem e mantêm a internet funcionando.



Mão na massa traz internet mais acessível para comunidades.
Manoel de Souza Silva, junto com o Michel, lá do começo do texto, foi quem começou a instalar a rede em Marrecas, em 2010. Mas antes de partir para a ação, os moradores passam por oficinas, para aprender conceitos técnicos. Nessas orientações, "switch", "roteador", "link de internet" e "fibra óptica" deixam de ser palavras abstratas e entram no dia a dia.
A grande sacada da rede comunitária é que ela corta caminho (não paga tributos e não tem lucro), por isso, é mais barata do que a rede comercial. A capacidade de conexão geralmente é vendida no atacado por provedores. Já a internet que chega a sua casa é uma operação de varejo, vendida por companhias que compram link de internet ou são elas mesmas as detentoras do tráfego. Na rede comunitária, a comunidade é quem compra essa capacidade de conexão.
Para se ter ideia, o pessoal da outra comunidade, Penalva, era atendido por um provedor de conexão a rádio, que custava R$ 150. Essa não era uma opção para os moradores, que vivem do extrativismo vegetal, principalmente do coco-babaçu, da pesca e da agricultura familiar.
Agora, a internet custa R$ 20 por mês. Em Campos dos Goytacazes, o link é de 40 MB. Ele chega de fibra óptica até a antena instalada no hotel de uma praia próxima. De lá, viaja até o receptor na casa de Michel, que o distribui para a vizinhança. As famílias com velocidade de até 3 Mbps pagam R$ 20, enquanto as que navegam com 5 Mbps pagam R$ 50.
Em Penalva, são oito rádios que recebem a conexão via satélite da HuguesNet. O link contratado tem franquia de 25 GB (GigaByte) e sai por R$ 280 ao mês. Essa capacidade é compartilhada por quem se torna membro da associação do bairro. Os que cedem sua casa para abrigar o aparelho de rádio contribuem com R$ 10 e os demais, com R$ 20. A velocidade da internet para os quase 45 usuários chega a 10 Mbps (Megabits por segundo).
Quando tem qualquer problema, de sinal ou de uso, são os administradores que rede que resolvem. Em Marrecas, Manoel, Michel e outros técnicos cuidam do sinal. Em Penalva, Geovânio, irmão de Geovânia, e outros três homens prestam auxílio.
Geovânia conta que a internet era aberta no começo, o que logo gerou um problema. "Teve pessoa que mudou o nome da rede e colocou 'Maria'. Um monte de gente ficava na beira do galpão fumando a noite inteira, fazendo tráfico de drogas e usando a internet. Pra eles era um conforto", diz.
Para solucionar a questão, ela criou um sistema de senhas, que têm de ser renovadas. A dos moradores expira a cada 30 dias, enquanto a dos visitantes dura apenas 2 horas.
FONTE UOL


Netflix e Uber poderão pagar mais imposto com reforma tributária

agosto 14, 2019 0
A Câmara dos Deputados analisa uma proposta de reforma tributária que pode aumentar os impostos sobre Netflix e Uber. O objetivo dos parlamentares é aumentar alíquotas voltadas para as companhias estrangeiras que prestam serviços pela internet, as chamadas OTTs (over the top).
Netflix / Freestocks / Unsplash

“São empresas que auferem uma boa receita de serviço e que não deixam nada aqui para o Brasil, apenas captam esse dinheiro do esforço de cada um de nós e levam embora para outros países”, disse, em julho, o presidente da Comissão Especial da Reforma Tributária, deputado Hildo Rocha (MDB-MA).
A mudança está prevista na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019. Ela acaba com três tributos federais: IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), PIS (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social).
O texto também propõe o fim do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), estadual, e do ISS (Imposto Sobre Serviços), municipal. Em contrapartida, seria criado o IBS (Imposto sobre Operações com Bens e Serviços), que definiria alíquotas maiores sobre OTTs estrangeiras.
A discussão sobre reforma tributária deve passar por alterações na Câmara, já que o governo também pode apresentar sua proposta. Ela alteraria somente os tributos federais e deixaria para uma segunda etapa as mudanças em tributos estaduais e municipais.
Com informações: TeleSíntese.

terça-feira, 13 de agosto de 2019

Aprenda a baixar os vídeos do Instagram no seu celular ou na web

agosto 13, 2019 0
Imagem de: Aprenda a baixar os vídeos do Instagram no seu celular ou na web

Desde que o Instagram se tornou uma versão melhorada do Snapchat, o sucesso do aplicativo só cresce. Diariamente, pessoas de todo o mundo publicam fotos e vídeos na plataforma – esse último formato, inclusive, há tempos ultrapassou serviços como o Vine, que tinham uma proposta bem parecida.
Até alguns meses atrás, o Instagram limitava os seus vídeos em 15 segundos, no máximo. Hoje, já é possível gravar até 1 minuto de imagens, o que torna o serviço muito mais atraente.
Conforme o volume de vídeos cresceu dentro do aplicativo, mais e mais pessoas estão procurando métodos para salvar as suas capturas ou mesmo os vídeos que acham interessantes; afinal, o Insta se tornou um popular meio de comunicação, tanto para pessoas quanto para empresas.
Mas, e aí, você sabe salvar os seus vídeos do Instagram? Caso ainda não, fique tranquilo, que a gente te ensina! Confira, logo abaixo, alguns dos métodos:

1 – Usando o app Insta Download – Video & Photo


Geralmente os anúncios aparecem na página após alguns minutos, mas esse processo pode levar até uma hora. Consulte o guia de implementação de código para mais detalhes.
Não há lugar melhor que o seu celular para guardar os vídeos do Instagram, certo? Bom, é justamente com essa proposta que listaremos aqui o Insta Download – Video & Photo, um aplicativo fácil de usar e que cumpre o que promete.
Basta que você vá até o Instagram, pressione os três pontinhos no canto superior do vídeo a ser baixado, copie a URL de compartilhamento e cole no app. Assim que você pressionar o botão “Colar”, ele prosseguirá com o download do vídeo, mas dando a você a chance de alterar o nome e a localização do arquivo.
Apesar de ser uma ótima opção para quem tem smartphones Android, esse app não está disponível para iOS. A maioria dos serviços desse gênero acaba sendo bloqueada pela Maçã, mas o aplicativo Rapid Save, disponível na App Store, é uma alternativa bem parecida – e até com um design melhor – para os usuários de iPhones e iPads.

2 – Usando um serviço da web

Outra maneira bem prática é utilizando algum serviço da web. O princípio aqui é o mesmo de se baixar um material do YouTube, por exemplo – basta que você copie a URL do vídeo que deseja, siga para a página do Instagram Video Downloader, cole a URL em questão e pronto! O seu vídeo poderá ser baixado com um clique no botão “Download”.
Vale lembrar que, assim como o Instagram Video Downloader, há uma série de outros serviços que funcionam igualmente – embora alguns ofereçam recursos adicionais, como o Savedeo. Nessa ferramenta, basta que você adicione “qq” antes de “instagram” na URL. A partir daí, você pressiona a tecla “Enter”, e pronto: já segue para a página de download do vídeo.
O site Instawload também funciona da mesma forma que o Instagram Video Downloader, mas tem um visual mais simples e direto, o que facilita o download de vários vídeos em sequência. Outra funcionalidade na bacana dele é a possibilidade de baixar fotos, em vez de apenas vídeos – isso, por sua vez, os outros serviços citados acima não são capazes de fazer.

***

Por fim, é válido ressaltar que listamos vários serviços da web porque, assim como explicamos, cada um tem seus próprios diferenciais. Além disso, pode ser que um deles esteja indisponível justamente quando você mais precisa – sendo assim, recomendamos que você guarde todas opções mostradas aqui.

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Ganhe Bitcoin Navegando na Internet Com CryptoTab

agosto 08, 2019 0

Você gostaria de poder navegar na internet e ganhar Bitcoins enquanto navega? Então ganhe bitcoins navegando na internet com 
CryptoTab! O navegador vai utilizar seu processador para minerar, dessa forma ao mesmo tempo que você navega vai ganhando bitcoins. 
Para começar clique aqui baixe e instale o CryptoTab Browser! Ele também funciona no Android & IOS.
01 – Baixe, instale e abra o CryptoTab Browser;
02 – Use uma das redes sociais oferecidas por ele para sincronizar os dados dos seus ganhos! Eu escolhi o Twitter;
03 – Faça o login da sua conta do Google e caso já utilize essa conta no Google Chrome, ele sincroniza os dados desta conta no CryptoTab;
04 – Controle a velocidade da mineração clicando no ícone ao lado da página inicial! Na outra aba o controle de velocidade da mineração vai aparecer;
Lembre que o navegador vai utilizar processamento de sua máquina para fazer a mineração! Se for utilizar sua máquina em jogos, edição de vídeo, áudio e ela apresentar lentidão, diminua ou desligue a mineração!
Para desligar a mineração, puxe o controle para “OFF”.
Painel de Configuração e Informações
Painel de Configuração e Informações
05 – Para ganhar mais bitcoins, clique em Afiliado, cadastre sua conta e compartilhe seu link! Quando o pessoal clicar e se cadastrarem, você ganha bitcoins por indicações;
Link de Afiliado CriptoTab
Link de Afiliado CriptoTab


06 – Depois que fizerem a quantidade mínima que é 0.00001 BTC, vocês conseguem enviar seus valores para suas carteiras de Bitcoins.

Espero que gostem da dica, foi uma indicação do meu amigo Otaviano que mostrou as transferências feitas através do navegador. Aproveita que o bitcoin voltou a subir, eu já estou utilizando esse navegador, pois mesmo que pouco, dinheiro é sempre bom.
Obrigado por sua visita.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Como sincronizar o WhatsApp com o Google Fotos para salvar espaço no Android

fevereiro 26, 2019 0
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Sincronizar a sua pasta de imagens do WhatsApp com o Google Fotos pode salvar espaço no celular

Ao utilizar o WhatsApp em seu celular com Android, você deve receber muitas imagens que são enviadas pelos seus amigos. Apesar de isto ser uma função essencial do aplicativo, o grande problema é que com o tempo, todas estas imagens passam a ocupar um espaço considerável do armazenamento de seu aparelho.
Felizmente, é possível contornar este problema utilizando algum serviço na nuvem, como o Google Fotos, que já vem pré-instalado nos celulares com o sistema do Google. A seguir, veja como deixar as imagens recebidas pelo WhatsApp automaticamente sincronizadas com o Google Fotos.

Verificando o espaço ocupado pelas imagens do WhatsApp

Antes de prosseguir para a configuração do Google Fotos, pode ser uma boa ideia você conferir o espaço ocupado pelas suas imagens com o WhatsApp, assim como liberar espaço e economizar tempo de upload descartando arquivos indesejáveis. Confira como isto é feito:
  1. Abra o WhatsApp normalmente e clique no ícone representado por “três pontos”;

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  2. Toque em “Configurações” e vá em “Dados e armazenamento”;

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  3. Na nova tela, comece a navegar pelas conversas para ver o quanto elas estão ocupando de espaço com imagens.
Ao abrir cada conversa ou contato, você terá a opção “Liberar espaço” para remover os arquivos que não deseja que entre no seu Google Fotos.

Configurando o Google Fotos

Mais uma vez, antes de prosseguir, é interessante realizar uma outra configuração, que é feita no próprio Google Fotos para que ele fique com o espaço de armazenamento na nuvem ilimitado. Veja:
  1. Abra o Google Fotos e toque no ícone representado por “três linhas”;

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  2. Clique em “Configurações” e vá em “Backup e sincronização”;

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  3. Na nova tela, toque em “Tamanho do upload” e selecione a opção “Alta qualidade (armazenamento ilimitado grauito)”.

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    Agora que estas duas configurações já estão feitas, é necessário fazer que o Google Fotos monitore a pasta de imagens recebidas do WhatsApp para que elas sejam salvas na nuvem dele. Para isto, siga esses passos:
    1. Abra o Google Fotos normalmente e toque no ícone representado por “três linhas”;

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    2. Entre em “Pastas do dispositivo”, selecione a pasta “WhatsApp Images” na lista e marque a opção “Backup e sincronização”.

      Reprodução

    Liberando espaço no celular

    Após ter feito este processo acima, as imagens que você tinha na pasta do WhatsApp já devem estar no Google Fotos, mas é necessário mais uma etapa para que os arquivos originais sejam removidos do dispositivo e acabem liberando espaço. Veja como prosseguir:
    1. Abra o Google Fotos normalmente e, mais uma vez, toque no ícone representado por “três linhas”;
    2. Entre em “Configurações”, clique em “Liberar espaço no dispositivo” e, então, em “Liberar”. O processo demora de acordo com o número de arquivos que você possui no aparelho, assim, lembre-se de estar conectado ao Wi-Fi para evitar problemas com seu plano de dados.

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      FONTE : OLHAR DIGITAL

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Sair do Facebook por um mês deixa as pessoas mais felizes, sugere estudo

fevereiro 01, 2019 0
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Você passaria um mês sem usar o Facebook? Um estudo da Universidade de Nova York e Stanford mostrou que os usuários que deixaram de usar a rede social por até 30 dias eram mais felizes, mais satisfeitos com a vida e menos propensos a sentirem-se ansiosos, deprimidos ou solitários. Em outras palavras, parar de usar o Facebook pode deixar você mais feliz.
De acordo com os pesquisadores, as pessoas que deixaram o Facebook de lado tiveram mais tempo para encontrar amigos e familiares ou mesmo assistindo televisão. Por outro lado, afirmaram que não gastaram muito tempo consumindo notícias.
Como o estudo foi conduzido antes da eleição presidencial de 2016, nos Estados Unidos, o resultado pode estar diretamente relacionado às tensões políticas da época. Algo que nós, brasileiros, também vivenciamos nos últimos seis meses no país. Desta forma, para os participantes do estudo, ter deixado o Facebook naquele momento pode ter ajudado a evitar debates acalorados e consequentes desentendimentos.
Também não se sabe como teria sido a experiência destas pessoas caso o intervalo fosse mais longo. Porém, é válido dizer que o resultado deste estudo dá crédito às alegações de que fazer uma pausa da rede social pode ajudar, mesmo que ainda não esteja claro como as redes sociais afetam a nossa saúde mental.
Em janeiro de 2013, decidi excluir minha conta do Facebook e, desde então, não utilizo a rede social. No ano passado, no entanto, por uma questão profissional, abri uma página na plataforma. Mas depois de todas as denúncias envolvendo o Facebook, resolvi que não valia mais a pena manter uma fanpage na plataforma e exclui a página. Também resolvi excluir a minha conta do Instagram, que havia criado há um ano. Hoje em dia, utilizo apenas o WhatsApp, mas também estou no processo de desligamento da plataforma, que estou substituindo pelo Signal.
Ter optado por não usar o Facebook, o Instagram ou o Messenger não faz de mim menos ou mais inteligente do que ninguém, mas está me ajudando a focar minhas energias em outras coisas, como meditação e leitura. Já não passo mais tanto tempo no meu smartphone e, minha rede social é o Twitter que, na maioria das vezes é usada para consumo de notícias.
É claro que este é o meu exemplo e você não precisa excluir a sua conta do Facebook, contudo, é importante saber que existem outras opções disponíveis. Talvez uma pausa da rede social seja um bom começo, o que você acha?

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Redes sociais elevam depressão entre meninas, diz pesquisa

janeiro 09, 2019 0
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Uma em cada quatro meninas analisadas apresentou sinais clinicamente relevantes de depressão, enquanto o mesmo ocorreu com apenas 11% dos garotos

Meninas adolescentes são duas vezes mais propensas que os meninos a apresentar sintomas de depressão em conexão ao uso das redes sociais, segundo estudo do University College London (UCL) divulgado em Londres. Ativistas pediram ao governo britânico que reconheça o risco de páginas como Facebook, Twitter e Instagram para a saúde mental dos jovens.
Uma em cada quatro meninas analisadas apresentou sinais clinicamente relevantes de depressão, enquanto o mesmo ocorreu com apenas 11% dos garotos, segundo o estudo. Os pesquisadores constaram que a taxa de depressão mais elevada é devido ao assédio online, ao sono precário e a baixa autoestima, acentuada pelo tempo nas mídias sociais.
O estudo analisou dados de quase 11 mil jovens no Reino Unido. Os pesquisadores descobriram que garotas de 14 anos representam o agrupamento de usuários mais incisivos das mídias sociais – dois quintos delas as usam por mais de três horas diárias, em comparação com um quinto dos garotos.
Cerca de três quartos das garotas de 14 anos que sofrem de depressão também têm baixa autoestima, estão insatisfeitas com sua aparência e dormem sete horas ou menos por noite.
"Aparentemente, as meninas enfrentam mais obstáculos com esses aspectos de suas vidas do que os meninos, em alguns casos consideravelmente", disse a professora do Instituto de Epidemiologia e Cuidados da Saúde do University College London, Yvonne Kelly, que liderou a equipe responsável pela pesquisa.
Depressão
O estudo também mostrou que 12% dos usuários considerados moderados e 38% dos que fazem uso intenso de mídias sociais (mais de cinco horas por dia) mostraram sinais de depressão mais grave.
Quando os pesquisadores analisaram os processos subjacentes que poderiam estar ligados ao uso de mídias sociais e depressão, eles descobriram que 40% das meninas e 25% dos meninos tinham experiência de assédio online ou cyberbullying.
Os resultados renovaram as preocupações com as evidências de que muito mais meninas e mulheres jovens apresentam uma série de problemas de saúde mental em comparação com meninos e homens jovens, e sobre os danos que os baixos índices de autoestima podem causar, incluindo autoflagelação e pensamentos suicidas.
Os pesquisadores pedem aos pais e responsáveis políticos que deem a devida importância aos resultados do estudo. "Essas descobertas são altamente relevantes para a política atual de desenvolvimento em diretrizes para o uso seguro das mídias sociais. A indústria tem que regular de forma mais rigorosa as horas de uso das mídias sociais para os jovens", diz Kelly.
Uso excessivo das mídias sociais
A ministra adjunta para Saúde Mental e Cuidados Sociais, Barbara Keeley, afirmou que "esse novo relatório aumenta as evidências que mostram o efeito tóxico que o uso excessivo das mídias sociais tem na saúde mental de mulheres jovens e meninas [...] e que as empresas devem assumir a responsabilidade pelo que ocorre em suas plataformas".
Tom Madders, diretor de campanhas da instituição beneficente YoungMinds, diz que, embora sejam uma parte da vida cotidiana da maioria dos jovens e tragam benefícios, as redes sociais proporcionam uma "pressão maior" porque estão sempre disponíveis e fazem com que os jovens comparem "as vidas perfeitas de outros" com a sua própria.


quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

A empresa de tecnologia onde todos os empregados têm autismo...

janeiro 03, 2019 0


Um pai californiano criou uma empresa onde seu filho pudesse trabalhar e agora emprega mais de 150 pessoas. Peter, Evan e Brian trabalham numa pequena empresa de tecnologia que fica em Santa Monica, na Califórnia, testando softwares e consertando bugs tecnológicos. À primeira vista, parece igual a qualquer outra empresa de Los Angeles, com obras de arte de bom gosto penduradas nas paredes brancas e difusores espalhados pelo ambiente....
Peter descreve o clima como "calmo, mas divertido", e diz gostar especialmente do fato de que não há pressão para socializar, enquanto Evan diz que os outros funcionários são "muito compreensivos". Brian descreve o escritório como "único". A Auticon é uma das poucas empresas que só contratam funcionários que sejam autistas. Antes, a companhia se chamava MindSpark, até ser comprada pela Auticon, uma empresa alemã. A firma original foi criada por Gray Benoist, que tem dois filhos autistas e achava que havia poucas oportunidades adequadas para eles no mercado de trabalho. "Os dois são muito capazes e inteligentes e merecem uma oportunidade de mostrar isso",disse ele à BBC, em visita recente à empresa. "Eu senti que havia um buraco e a única opção era eu preenchê-lo", diz Benoist. Ele começou a empresa em 2013 e ela já tem mais 150 funcionários. Seu filho mais velho, que também se chama Gray, agora trabalha na equipe de finanças. "Nossa missão é dar poder a um grupo de pessoas que não têm acesso aos mesmos direitos que nós. Há muitos segmentos da sociedade que são subaproveitados e autistas são um deles", diz Benoist.
Conforto e tranquilidade

Peter já havia trabalhado em outros escritórios, mas, para ele, eles não eram muito "normais". Ele compara essas experiências a um episódio da série Survivors, da BBC, que mostra a vida de um grupo de pessoas após uma epidemia de gripe erradicar boa parte da raça humana. "Era tudo muito difícil de entender. Eu não conseguia fazer conexões sociais", disse ele à BBC. Evan diz que, em outros empregos, ele "ficava sozinho comendo um sanduíche e ouvindo podcasts na hora do almoço". O autismo afeta cerca de uma a cada 100 pessoas, segundo a Sociedade Nacional de Autismo do Reino Unido, mas menos de um quarto delas têm um emprego em tempo integral.
Muitos desistem porque a ansiedade, que muitas vezes é mais forte para autistas, torna uma entrevista de emprego uma experiência muito intimidante.
"As pessoas costumam contratar pessoas que são parecidas com elas, e os autistas não são como a maioria, eles são como eles próprios", diz Steve Silberman, autor do livro Neurotribes (Neurotribos, em tradução livre), um livro que conta a evolução do autismo.
"A lista de coisas que você não deve fazer numa entrevista é a definição de um autista, praticamente. 'Não olhe para os lados, olhe para o seu empregador nos olhos', todas essas coisas são muito difíceis para uma pessoa autista.".
Brian queria muito usar suas habilidades de computação no trabalho, mas se sentia desestimulado a se candidatar a empregos no competitivo mundo da tecnologia.
"É muita pressão. Você tem de ficar competindo com outras pessoas", diz ele.
Aquilo era demais para ele, então, acabou tendo outros empregos menos importantes - trabalhou num mercado e lavando carros. Nenhum desses empregos usava bem seu talento e não o "levavam a lugar nenhum", como ele diz.
Algumas empresas acharam alternativas ao processo de entrevista tradicional. A empresa alemã de software SAP, que também emprega autistas, oferece a candidatos a oportunidade de criar robôs de Lego, em vez de fazer uma entrevista formal."Isso mostra a capacidade da pessoa de resolver problemas e o seu comprometimento", diz Silberman.
E a SAP obviamente acha que valeu a pena, apontando que não empregam autistas como uma forma de "caridade", mas sim porque "é bom para a empresa".
Além de terem mais ansiedade, autistas costumam ter dificuldade de interagir socialmente. Por isso, na Auticon, se um funcionário quer usar fones de ouvido por causa do barulho, isso é permitido. Eles também podem trabalhar numa sala escura, se quiserem, não precisam gozar da hora do almoço e podem se comunicar com os colegas por mensagem de texto se não quiserem fazê-lo verbalmente.Se eles ficarem muito incomodados, podem tirar "dias de folga por ansiedade". "A sensibilidade com as questões dos nossos empregados é nossa prioridade", diz Benoist, "mas isso requer todo um processo por trás para que a empresa possa trabalhar com qualidade para os seus clientes, o que requer planejamento para os projetos e para como alocar recursos".E quando se trata da temida avaliação profissional, tentam não ser muito críticos. "O negócio é ter bons princípios de recursos humanos. É algo que outras empresas poderiam facilmente replicar", acrescentou.
Novo modelo
Silberman não está convencido de que escritórios com separações sejam uma boa ideia porque ele acha que tanto autistas quanto pessoas que tenham um funcionamento neurológico mais convencional podem aprender muito trabalhando juntas. "Ao aprender a lidar com pessoas com pessoas diferentes, empregadores também aprendem a ajudar todas as outras pessoas", diz ele..
"Veja o Bill Gates, que certamente tem características autistas. Ele cresceu socialmente e se tornou um grande filantropo." Há um treinamento de quatro semanas na Auticon que define quais candidatos são adequados ao trabalho em longo prazo.
Alguns não entram, especialmente aqueles que são pressionados pelos pais a se candidatar a um trabalho apesar de não terem nenhum interesse em dados, e é importante dizer que muitos autistas têm interesses diferentes disso. Para os que ficam, a equipe parece ser muito solidária, mesmo se todos não saem para almoçar juntos.
Tecnologia contra a pobreza
Quando o novo escritório foi projetado, funcionários pediram que fosse aberto, sem cubículos fechados. "É ótimo, relaxado, muito tolerante", diz Peter. "E todos são engraçados."
Brian e Evan agora vão aos almoços com os colegas, apesar de que Peter ainda acha difícil "se desapegar do trabalho". Mas todos os três gostariam de trabalhar lá pelo resto da vida. Essa é uma lição que outras empresas deveriam seguir, opina Silberman.
"Para muitos autistas, se eles acharem um lugar onde se sintam apoiados e sintam que suas habilidades podem prosperar, eles ficam muito dedicados e não saem. Isso é econômico para as empresas porque aí elas não precisam treinar novamente outras pessoas."

FONTE : UOL

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