O cantor, que transformou seu novo trabalho em uma "metralhadora giratória" contra Governo, políticos de oposição e toda a classe artística - que "odeia falar de corporativismo, mas é corporativista" -, prosseguiu: "se você quer glamour, não vai procurar na Coreia do Norte, em Cuba, nem na MPB. Intelectual de esquerda é o campeão mundial de punheta de pau mole."
"Eu não agüento mais o Brasil do jeito que está, esta palermice, este pseudo-consenso. Eu sinto vontade de falar. Mas não que eu seja dono da verdade absoluta", explicou, mostrando-se disposto a conversar com seus "alvos". "Tudo o que recebi até agora foram ameaças de morte. Estou me cagando de medo de levar um tiro na boca. Estou muito aberto para falar com todos."
Sobre ter chamado Roberto Carlos de "múmia deprimida", Lobão explicou que o "rei" faz, sim, parte de suas grandes influências, mas que devia uma explicação a ele e a seus fãs. "Quem fez parte da minha formação e se tornou uma múmia deprimida foi ele. Ele que tem que explicar este paradoxo que se tornou", disse o ex-músico, comemorando o apoio do público no lançamento do livro. "Eu sou um Chico Xavier proto-punk do inconsciente coletivo."
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